sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Sim;

Todo ser humano é potencialmente igual.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Rodeios pelo Egocentrismo

O homem não nasce, cresce, ou se torna mal, mas sim egocêntrico. Os conceitos de “bom” e “mau”, “benéfico” e “maléfico” são criações humanas, enquanto a proteção e defesa da própria espécie, ou do próprio ser ocorre desde que tornamo-nos homo sapiens sapiens.

Assim como a própria lingagem que utilizo para a elaboração e o fornecimento dessa reflexão, o significado de “egocentrismo” também é criação humana. Mas podemos lembrar, então, que há características fundamentais da vida cujo tempo se encarregou de esculpir e convencionar até criar uma expressão, para unir harmoniosamente o que é humano e o que é natural. Portanto, a importância exacerbada e a defesa garantida ao Eu se adentram na gama dos significados do egocentrismo.

Ainda, devemos desenvolver o pensamento argumentativo de essência. Qual delas é a mais profunda: a dicotomia da índole, ou a característica fundamental do ser? Um leão ao matar uma zebra age por, e a fim de, um princípio, ou à perduração da espécie? Logo chegamos a imaginar que a preservação do próprio ser é encontrado não só nos humanos, como também nos irracionais.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Começamos com um orgasmo!


Ahhh(!!!)... "Quero assim, bem literário, feito tudo aquilo que a Lispector conseguiu trazer ao português escrito". É incrível como a avidez pela literatura nos aflinge do nada, nos trazendo aquela proposta indecorosa: "15 minutinhos, uma rapidinha". Você pensará ser uma falta de absurdo não transcrever as imagens sem-nexo que lhe vêm à cabeça. Pensará ser um desperdício não masturbar seu intelecto. "Vamos lá, você escreve o que quer, salva o mundo e então pode acender o Marlboro".


"Red, senhor?"

"Light, por favor".


Oh, não, você foi enganado! Mesmo sem a métrica fétida da santa ciência ou da desvairada gramática, essa literatura é mais trincada, truncada, trancada, transcendental, ocidental, banal... Dá-lhe adjetivos a lhe pôr num mar de indecisão. Como sair daqui, como parar acolá? Segue-me que eu vou me chutando até um outro parágrafo sobre essa arte masoquista.

Ainda há de se criar algo na tecnologia que acompanhe sua pressa.Você pensa, projeta, tem o orgasmo holográfico, tem a digressão, passa pra o Carlos Alberto, faz o lançamento, entra na pequena área e, de repente(!!!), tudo pára como se tivessem apertado pause. "Calma, preciso escrever, como vou te descrever com esse aperreio?". Vai mudando a perspectiva, analisando o digitado, xingando a si, elogiando o Eu, "é, benzinho, é ruinzinho". Termina por um "eu quero é ver o oco" e dá enter para o próximo parágrafo.

Quem sabe quando parar? Na cerveja, a grana aperta; No diálogo, ele já lhe corta no meio do assunto; No sexo, ela já diz "você parece que é à pilha!". Mas, na verdade, a escrita já vai flertando com o Fim por si só, você não precisa achar o ponto. É uma gama de impaciência, cansaço e vontade de voltar ao primeiro parágrafo apenas como leitor. "Ei, amigo, isso aqui (ainda) não é um livro".

Então, depois de toda a burocracia da revisão mau-feita da obra (com "u" proposital), há as referências escancaradas (apenas na mente do Autor, claro). "Se o Rubens Paiva fosse tão espontâneo assim e o Woody Allen menos desgovernado, eu não seria metade do que penso talvez ser". Pois se vivemos no pós-pós-tudo, nada melhor que entrar na era da reciclagem e usar um pouco dos aparatos literários já explorados. Até por que o mundo que é seu, meu e nosso, está pouco se lixando para essa prosa e ainda por cima tenta cassar minha licença poética. Ninguém mandou ser cronista.


"Foi bom para vocês?"