O complexo ou a síndrome da repetição do
que não queremos, lá no fundo. São precisos hífens? Whatever. O fato é que sento em minha cadeira desconfortável, encho
minha consciência de teorias precipitadas, vejo pessoas ao meu redor que chiam
e se tornam ranzinzas apenas para não perder o costume e termino pensando que
(ou se) a vida tem um propósito, meta, deus, valor, crédito, recompensa. Isso
tudo pode já ser uma pena a se pagar.
Sorte.
Deturpada e prepotente é a minha mente, que se gratifica por não crer em
superstições, apenas em inspirações causadas por filmes “ultra-pop” from United Fucking States of America,
concluindo ser criativa. É o ponto, pointless
bitch.
Não
é uma questão de originalidade. Não é uma questão de conseguir se expressar de
uma forma que todos os seres humanos da face da terra deveriam saber. Não é um
simples discorrer de devaneios que ora soam ridículos, ora soam instigantes. A
questão é querer ser palavra e molestar cada neurônio de um próximo ente que eu
não faço a mínima idéia de que útero foi formado. We are all connected.
Mas
não é pelos sonhos, pelos gostos, pelos sabores, muito menos pelo sexo. A
humanidade (substantivo com o conceito mais hipócrita existente no planeta
Terra) conflui-se através de todo o Mal existente. Não errei a letra; não me
subestime; não me julgue. É justamente esse pensamento de julgamento que o faz
ser ligado a mim.
Não
entendeu? Ótimo. Mais um parágrafo para uma maior prolixidade e para uma menor
objetividade. A sua inveja, o seu sangue escarlate de ira, os nossos eufemismos
irônicos e sarcásticos, a necessidade de criar as diferenças e, principalmente,
a vontade de ser Superior vence, rege, protege, guia e até faz a manutenção de
uma coisa chamada sociedade.
Você
ainda não entendeu? Eu, não. Não que eu também não esteja conseguindo
acompanhar a linha de raciocínio. Eu não entendo por que você se nega a
participar desta roda. Se você já se tocou de que eu estou falando sobre a
essência, o combustível de nossas vidas, pule esse parágrafo. I mean it. Você, que continua comigo por
essas linhas, pare e busque em sua memória fétida todo o Mal que você já
invocou quando quis algo que não era seu, quando o tempo não lhe foi
conveniente e lhe pregou peças, quando você percebeu que foi alguém desleixado
e queria voltar atrás de forma egoísta, etc. Traga toda a infâmia da sua vida
para a nossa linha de raciocínio e passe a perceber que estou tentando realizar
uma crítica. Prosseguimos, então.
O
problema não está nos cigarros que irão parar no bueiro, trazendo problemas à
drenagem de água e causando enchentes. Não está no gás carbônico em excesso que
as fábricas de produtos desnecessários à Natureza humana produzem. Não está no outro,
naquele que você criticou há poucas horas. A caixinha de surpresas foi aberta
por este nobre e ocioso narrador, mostrando uma foto sua nela. A caixa de
Pandora, meu querido, minha querida. A foto parece uma figurinha infantil que,
ao mudar de ângulo, muda a posição do Grande (?) protagonista. Ela vai mostrar
as suas piores atitudes, os seus maiores preconceitos, seus pecados mais
tiranos e sua face ausente de culpa. Não ache que isso é uma lição de moral.
Isso é um comentário despretensioso e mundano, vindo de alguém que não tem ao
quê recorrer quando vê que um dos maiores defeitos é escrever para quem tem
defeitos.
A
minha caixa de Pandora está aberta, mas como o narrador não interessa e já teve
suas revelações feitas, voltemos a você. Pare de pensar em qualquer outra coisa
e passe a refletir: Eu posso mudar o Sistema? Eu conseguiria fazer algo que
tornaria todas as vidas do planeta melhor? Eu Quero fazer algo a mais? A
questão não é se você vai conseguir. O ponto é apenas Agir. Fazer por onde.
Recomeçar de uma forma sustentável. E não seja bitolado, não falo apenas de
meio ambiente. O mundo é bem maior que isso.
A
proposta deste texto não é torná-lo um ser perfeito, por que, afinal, você é um
ser humano. Não por que os seres humanos erram, mas por que os seres humanos
são os únicos primatas, cordados, animais, seres vivos Racionais. Os únicos que
conseguem adaptar o meio ambiente às suas próprias comodidades. Ninguém aqui
pediu para nascer como o espécime mais complexo da história da Terra, eu sei.
Mas aproveite a sua tão gloriosa capacidade de raciocinar e interpretar para
viver sem querer ser alguém que tem como prioridade crescer para estar Sobre.
Como
faço isso? Como vou melhorar? Como estarei sendo alguém íntegro? Se vire.
Utilize seu cérebro. Você tem um, se lembra? Aconselho filmes que mostram mais
do que ação e pornografia. Livros que contam mais do que polêmicas, histórias
fantásticas, pornografia. Música que alimenta mais do que a vontade de beber,
de ser ocioso e de pornografia.
Ah,
pornografia. É uma das coisas que os seres irracionais mais fazem.
Ah,
e se você realmente se sente feliz realizando atrocidades, parabéns! Você é um
doente. Já existe medicina para isso, não subestime a capacidade humana e
procure um tratamento. Indeed.
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